É em Paris, à partir de 1951, junto a Johnny Friedlaender, que Arthur Luiz Piza aperfeiçoa sua arte da goiva e do buril, e as técnicas de água forte, talha doce, aquatinta e ponta-seca.
Liberando-se da figuração, o artista explora a partir dos anos 60 uma veia construtivista: as formas decididamente geométricas repousam sobre fundos finamente trabalhados.
Piza desenvolve aos poucos uma nova técnica de gravura, escavando profundamente o metal. Suas matrizes tornam-se verdadeiros baixos-relevos. Obtém assim não somente volumes mais pronunciados nas estampas, mas também a possibilidade de imprimi-las através de uma única passagem na prensa : as diversas tintas, enclausuradas nos sulcos profundos, não se misturam.
Expõe exemplares dessas novas gravuras na Documenta de Kassel em 1959 – que lhe valem, no mesmo ano, o prêmio de melhor gravura na Quinta Bienal de São Paulo.
Suas buscas acabam levando-o a descolar completamente do plano, e colocar suas formas no espaço. Mas a gravura o acompanhará até os últimos anos de sua vida.
No total, serão aproximadamente 400 estampas.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo possui um jogo completo. A Biblioteca nacional em Paris conserva 183 dessas gravuras.