Jornalista, Clelia foi, de 1957 à 1967, correspondente em Paris do jornal O Estado de São Paulo.

Nessa época, trabalha também na radio francesa, em emissões dedicadas ao Brasil.

Crítica literária, publica na França diversos artigos sobre literatura brasileira nas revistas La Quinzaine littéraire, Le Magazine littéraire e Le Courrier de l’Unesco – enquanto publica, no Brasil, artigos sobre literatura francesa no Estado de S.Paulo e no Leia-Livros.

De 1983 à 1994 – e novamente à partir de 2001– ela é conselheira literária et leitora para as edições Gallimard.

De 1987 à 1992, dirige uma coleção brasileira nas edições Alinéa.

Clelia Pisa escreve o prefácio de “A paixão segundo G.H.” de Clarice Lispector (Editions des Femmes– Antoinette Fouque), e de “Amar verbo intransitivo” de Mario de Andrade (Gallimard, 1995). A ela também se deve o renovado interesse pela obra de Carolina de Jesus : visitando-a em São Paulo, Clelia sai com os manuscritos da infância da escritora debaixo do braço, e os publica na França sob o título “Journal de Bitita” (Editions Métailié, 1982).

Publica “Des nouvelles du Brésil, une anthologie de la nouvelle Brésilienne” (Editions Métailié), “La Cuisine brésilienne en France” (Ed. Actes Sud) e, em colaboração com Maryvonne Lapouge, “Brasileiras”, com textos de 17 autoras brasileiras (Editions des Femmes).

Uma publicação confidencial, impressa em 55 cópias em papel Arches, reúne – fato raro – três gravuras de Arthur Luiz Piza e um texto de Clelia Pisa (“Approches”, Paris, 1979).